Mas eu atesto!
“Repara só”! Quem te viu e quem te vê!
Ora, ora… Mas logo você?
Que no Inverno passado
Com um discurso inflamado
Tantas “causas nobres” eu lhe vi a defender
Mas agora, diante do mal outrora combatido
Logo agora que está de arma em punho
Parece mais um “militante” combalido
Mas logo você… Preferiu se render?
As chuvas foram passando
O calor do B-R-Ó BRÓ se aproximando
Mas na contramão da natureza
“Repara só” a esperteza
Quase no final de Setembro
É certeza… Eu me lembro!
A temperatura foi esquentando
Mas seu discurso, para nosso espanto
Tornou-se cada vez mais brando
Parece brincadeira
Mas eu acho que foi “a Cadeira”
“Repara só”! Será?!
Acho que não… Isso é besteira!
Na Bíblia, as mãos que no Domingo com as palhas acenavam
São as mesmas que na sexta, a Cristo condenavam
Por aqui, aqueles que um dia com as mãos víamos a “certa instituição” apedrejar
São os que hoje, usando estas mesmas, com muito apego e desespero
Vejo agora delicadamente a lhe afagar!
Eita povo interesseiro!
É só reparar… O que lhe fez mudar?
Expectativas? Tínhamos muitas
Boa vontade? Também
Mas agora que estão lá
Os que antes víamos a criticar
Fazem do poder
Apenas um meio de se promover
E não de fazer o bem
Reparou… Hein?!
Era para isso?
Responda sério e sem sorriso!
Reclamavam “daquela gente”
Diziam: “somos diferentes”! Melhores!
Mas agora que estão no poder, revelam-se ainda piores!
Mas sabe o que é triste? Eu confesso
A exemplo de alguns que leem este verso, sem contexto, desconexo
Para muitos, incoerente
Tenho culpa… Sou ciente!
Não me apontem… Basta!
E exatamente por isso, sem vergonha reconhecer
Dou a cara… Manda um tapa
Vai, pode bater!
Errei pensando em acertar
Mas este erro, para próxima há de nos preparar
Decepcionado? Sim! Frustrado? Talvez…
E ai? Se omitir?
Não, pois destes compromissados, todos um dia já fomos freguês
Tem um fato muito curioso
Ou melhor, espantoso!
Pois o que antes era corrupção, agora é maravilhoso!!!
No entanto o que não pode é ficarmos parados
Achando que tudo isso é normal
Já que diante deste cenário
O castigo aos bons cidadãos destinados
É serem pelos maus homens governados
Esperamos que deste chicote estejamos encaliçados
Para este mal, todos vacinados
E que munidos de nossos votos
Todo bicho que morder, pular, “sugar” ou “mamar”
Enfim, todos que sejam perniciosos
Nós possamos daqui descarrerar
Pois em prefeitura e câmara, que me desculpe a arca e seu dono Noé
Mas lugar de “bicho”, lá não é!
E por falar em Noé, o dilúvio pode esperar
Vem forte e potente
Nuvens se amontoando… Sossegue que vai chegar
É pingo a pingo, de voto livre e consciente
Que aos poucos vai engrossar
E quando menos se esperar
De repente virou enchente!
Por: Luiz Eduardo das Neves Silva, popular Dudu. Graduado em Geografia (UESPI), Especialista em Geografia e Turismo (UFPI), bacharelando em Ciências Sociais (UFPI) e bacharelando em Direito (CEUT)