Vereador impede colaborador do Portal Revista Opinião de tirar foto em sessão na Câmara Municipal

Na noite de hoje (26/04), a Câmara Municipal de José de Freitas não realizou sessão ordinária. Todos os vereadores estavam presentes, exceto Raimundo Lira (como sempre).

Foto: revistaopiniao.com

Apenas uma pessoa estava presente na plateia aguardando o início da sessão desta terça-feira (26). Os vereadores presentes, então, reuniram-se no plenário para conversar entre sí assuntos diversos, depois começaram a sair, inclusive o presidente da casa, vereador Bacharel, sem sequer darem-se ao trabalho de dar alguma explicação àquele solitário espectador.

Marquim do Frango, o espectador solitário, resolveu então, tirar uma fotografia para registrar aquele momento, já que não houvera sessão, nem tampouco, explicação alguma a quem se fizera presente, demostrando um total desrespeito dos que fazem aquela casa para com os que os elegeram.

No entanto, ao pegar sua câmera fotográfica, Marquim do Frango foi impedido de fotografar pelo nobre vereador Valter Barros. “Nem lhe conheço, como é que você vem tirar foto aqui?”, disse o vereador.

Marquim identificou-se dizendo que fazia parte da equipe do portal revistaopiniao.com e que estava alí para assistir à sessão e registrar o momento, e que não sabia o motivo de não ter havido a sessão. Valter Barros respondeu-lhe que somente o presidente da casa poderia dar-lhe tal informação.

A explicação só veio quando o vereador Carlim Sampaio, que a tudo assistia, interpelou e deu a explicação de que não houve a realização da tal sessão ‘devido a problemas técnicos, uma vez que toda sessão deve ser gravada, o que seria impossível na ocasião, pois o sistema de som e gravação estava com problemas’.

Marquim do Frango recebeu a explicação e retirou-se do plenário da casa.

Como se ver, não é “privilégio” apenas do senador Roberto Requião, em Brasília, retaliar a liberdade de imprensa. Será que é a síndrome do “eu posso tudo”?!

Na sessão de hoje, o mínimo que nossos “legisladores” deveriam fazer era pedir desculpas a quem quer que estivesse presente e justificar o motivo da não realização da sessão ordinária, e não impedir que uma foto fosse tirada. Esta casa é do povo e o povo merece respeito.

Da Redação