“Em Zé de Freitas, se depender do vereador Zé Luiz Pereira, ninguém vai acumular mais cargos…gente com oitenta horas, gente no estado e na prefeitura, é uma imoralidade…”. Foi assim que o vereador José Luiz Pereira (PDT) durante seu discurso na tribuna da Câmara Municipal, na sessão ordinária desta noite de terça-feira (16), referiu-se a sua intolerância quanto ao acúmulo de cargos públicos no município de José de Freitas.
O vereador José Luiz disse que vai levar todas as denúncias que chegarem em suas mãos envolvendo a coisa pública diretamente ao Tribunal de Contas e à Promotoria. Ele denunciou o acúmulo ilegal de cargos citando como exemplo o caso específico do Sr. Francisco de Assis Silva Pinheiro, que é detentor de duas portarias de cargos em comissão na administração pública. O referido responde pela coordenadoria do CSU, através da Secretaria de Assistência Social do Governo do Estado, como também é detentor do cargo de Diretor do Departamento de Comunicação da prefeitura municipal de José de Freitas.
Zé Luiz ressaltou ainda que a sede do CSU em José de Freitas há tempos encontra-se desativada, com sua estrutura física em ruínas, não sendo local de nenhuma atividade pública do governo do estado. Segundo ele, o caso configura-se como “improbidade administrativa”, passível de ressarcimento ao erário público.
“Não é justo, quantos trabalhadores não saem de suas casas, até às vezes quatro horas da manhã, e esta hora é que estão chegando em casa, muitos deles pra ganhar um salário mínimo em Teresina, e essas pessoas custeadas pelo dinheiro público pra ficar rodando na cidade e contando vantagem de forma subserviente para seus patrões políticos. E eu, a partir de hoje, senhor presidente, toda ação minha vai ser encaminhada ao Ministério Público, ao órgão competente pra que sejam tomadas as providências”, desabafou indignado o vereador José Luiz Pereira.
Ele disse que enquanto há gente ganhando sem trabalhar, a prefeitura fica impossibilitada de dar aumento e pagar a ajuda de custos aos professores, por exemplo.
Por Marquim do Frango