Seguiu durante todo o dia de hoje(31) o protesto dos estudantes por uma passagem mais barata no transporte coletivo de Teresina.
Os protestos tiveram início na segunda feira(29), revoltados pelo aumento na tarifa, que passou de R$ 1,90 para 2,10, e pela forma como foi feito, pois o prefeito Elmano Ferrer (PTB) sancionou a lei na noite de Sexta (26) e já entrando em vigor na manha de sábado (27), isso somado à precariedade nos serviços prestados (ônibus que demoram a passar, lotados no horário de pico, sem ar condicionado, paradas sem a menor estrutura) causou a revolta dos estudantes, que desde segunda (29) passaram a se reunir na avenida Frei Serafim, principal centro de circulação da cidade, interditando as vias e impedindo o trânsito de veículos no centro da cidade, o que tem causado congestionamentos enormes e transtornos para a população. Contudo, os manifestantes prometem não recuar enquanto não tiverem um posicionamento da prefeitura sobre o possível retorno da passagem a R$ 1,90.
No primeiro dia houve conflito entre estudantes e a policia, em decorrência da depredação de alguns ônibus, já na terça e na quarta a policia só acompanhou e negociou a liberação do trânsito com os manifestantes. Pelo centro da capital o fluxo de pessoas a pé é enorme, pessoas abandonam seus carros e procuram outros meios para chegar ao trabalho ou à escola.
Autoridades sentem o peso das manifestações populares e se reúnem para negociar
Na tarde de hoje(31) os estudantes tiveram audiência com promotores, que são conta o aumento da passagem. Já as 19h10 se reuniram, no auditório do Ministério Público, com os promotores Fernando Santos, Leida Diniz e Lourdes Júnior e com o procurador geral do Município, José Wilson Ferreira Júnior, e o secretário de Administração, José Fortes, que representaram a Prefeitura.
O auditório do MP ficou lotado, assim como do lado de fora, por estudantes que esperavam o resultado do encontro para saber se iriam embora ou interditariam novamente a Avenida Frei Serafim. Na reunião foi proposta a suspensão do reajuste até que seja concluída a auditoria nas planilhas que definem o valor da passagem de ônibus. Os protestos foram suspensos, mas a mobilização recomeça às 9h de amanhã de quinta(01), com concentração ao meio-dia em frente ao Palácio da Cidade.
Os estudantes deram até meio dia desta quinta feira(01) para o prefeito se manifestar. José Fortes, secretário de administração, não apresentou proposta de redução da tarifa. Sua única proposta foi a implantação dos terminais de integração em tempo mais curto. Ele informou que a Prefeitura aguardava recursos do Programa de Aceleração de Crescimento – PAC – para iniciar as obras. No entanto, decidiu usar recursos próprios para realizar terminais de estrutura mais simples, que começariam a ser feitasdentro de um mês.
O promotor Fernando Santos contestou o reajuste. “Várias receitas não são colocadas nas planilhas e custos são calculados de forma irregular. No ano passado e neste ano os dois aumentos foram acima da inflação. São irregulares. O prefeito deveria esperar o resultado da auditoria para decretar o aumento”.
Da Redação (Com informações do cidadeverde e 180gaus)