A Polícia Federal revelou que as três pessoas presas por fraude no seguro DPVAT e no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atuavam desde 2010, eram investigadas em 20 inquéritos e que jogavam na Mega-Sena na tentativa de lavar o dinheiro ganho com as fraudes. A afirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (4), na sede da PF em Teresina.
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A investigação mostrou que para não chamar a atenção, a quadrilha comprava pequenos imóveis e carros populares. De acordo com o delegado federal de Parnaíba, Edilberto Mendes Vila Nova, responsável pela investigação, para lavar o dinheiro, eles jogavam na Mega-sena, para que eles pudessem alegar que ganharam do prêmio, o dinheiro que tem.
“Foram encontrados bilhetes da loteria Mega-sena. Uma forma de tentar deixar o dinheiro lícito. Não sabemos qual o prejuízo do INSS, mas fraudes desse tipo no Piauí geram um desfalque que chega a R$ 500 mil. Isso é só a ponta do iceberg, as investigações continuam e a participação de outras pessoas não é descartada”, afirmou Edilberto Mendes.
Segundo o delegado, o trio é investigado desde 2010 e os mesmos documentos usados para fraudar o DPVAT, também eram utilizados para burlar o INSS. “Eles pegavam documentos de pessoas que já tinham morrido, renasciam essa pessoa com documentos falsos e depois a matavam de novo para receber o seguro DPVAT e a pensão do INSS”, disse.
A Polícia Federal afirma que o grupo agia em Chaval (CE), Teresina, Buriti dos Lopes e Parnaíba. Os três foram autuados por formação de quadrilha, falsificação de documentos, falsidade ideológica e fraude ao INSS. Os presos serão transferidos ainda hoje para penitenciária mista de Parnaíba.
Fonte: G1