Deste sua emancipação, José de Freitas convive com um poder legislativo que não corresponde aos anseios da sociedade local, que não desempenha o verdadeiro papel de um representante do povo, salvo raríssimas exceções.
Boa parte dos que alí estiveram como membros do legislativo durante todos esses anos, não tem a menor noção do verdadeiro papel de um vereador. Distorce suas funções fazendo papel da secretaria de assistência social, como levar pessoas para o médico em Teresina (quando deviam cobrar um bom atendimento no Hospital local para todos), ou oferecendo favores, como carradas de materiais e viagens. Ou ainda práticas mais espúrias, como a compra de votos direta, onde pessoas se elegem comprando o sufrágio dos “cidadãos” como se compra uma cabeça de gado (nesse caso o eleitor é tão corrupto e repugnável quanto o vereador ou político qualquer comprador de votos), ou mesmo a sociedade dividida, em animosidade, como se fosse formada de inimigos (jacarés e cururus), em nome de caciques que até hoje não trouxeram o bem para José de Freitas.
Como consequência dessas práticas a cidade não apresenta a menor infra- estrutura, pois o que se vê são ruas totalmente esburacadas, hospital com atendimento precário, limpeza pública que não funciona, falta de incentivo à instalação de indústrias ou grandes comércios que possam gerar empregos e rendas às pessoas da cidade, suspeita de licitações fraudulentas, e o pior, obrigados a ser administrados por pessoas que não representam a cara do povo livramentense (honesto e trabalhador), pessoas que respondem, ou até já foram condenados, a mais de uma dezena de processos na justiça.
Por outro lado, como esperança, surge a mobilização e pressão popular, que há mais de um ano surgiu na cidade e vem crescendo a cada dia, mobilizando e conscientizando cidadãos, sobretudo os jovens. Como resultado, os vereadores Carlos Sampaio e Etevaldo Vasconcelos, vereadores há 20 e 14 anos, respectivamente, ambos do PSD, partido do atual prefeito, não suportando as pressões e cobranças do povo, anunciaram recentemente ao repórter Coronel Pinheiro que deverão desistir da vida pública.
Agora é aguardar pra ver se realmente se confirma, e esperar que outros que lá estão sigam o exemplo de “grandeza” desses dois vereadores, reconhecendo que não dá mais para fazer política como antigamente, pois a sociedade evoluiu e todos têm acesso às informações. E não obstante, esperar que novos cidadãos se apresentem, mais compromissados e cientes do papel de um legislador, como fiscal do executivo e representante do povo, e conscientes de que todo homem público deve satisfação ao povo.
Da Redação