Policiais civis e professores da Uespi decidiram entrar em greve

Policiais civis do Piauí votam proposta de greve por tempo indeterminado. Eles não aceitam proposta de parcelamento.

presidente da classe, Cristiano Ribeiro

Os policiais civis e os professores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) decidiram entrar em greve nesta segunda-feira (28). Uma semana paralisados, os docentes resolveram continuar com os braços cruzados após assembleia geral. Os professores reivindicam estrutura na universidade e salário base de R$ 2.200.

Os policiais civis do Piauí definiram fazer greve por tempo indeterminado a partir do dia 15 de abril se o governo não apresentar uma proposta satisfatória para o pagamento do reajuste acordado no ano passado. Segundo o presidente da classe, Cristiano Ribeiro Costa, o sindicato pretende acionar judicialmente o governo do Estado, visando obrigar o cumprimento do acordo.

O governo propôs um reajuste de 24%, parcelado em quatro vezes, sendo 6% pago em maio deste ano, 6% em novembro, 6% maio do ano que vem e os outros 6% em novembro. Ainda de acordo com a proposta, o reajuste causaria impacto de R$ 1,4 milhão. A classe quer que os 24% sejam pagos este ano.

“O acordo firmado perante o TJ no ano passado previa os 24% para maio desse ano, pago de forma integral. Não vamos aceitar o parcelamento até ano que vem. O máximo que podemos acordar seja parcelar durante esse ano”, declarou.

Na sede do Sinpolpi, cerca de 200 policiais civis debateram a proposta de iniciar a greve por tempo indeterminado. A paralisação de 72 está mantida e começa hoje (28).

Após a paralisação de advertência, o sindicato irá entrar judicialmente contra o Estado para garantir o cumprimento do acordo firmado no dissídio coletivo, após a greve deflagrada em fevereiro do ano passado.

“Nós estávamos há 15 meses sem reajuste quando fechamos o acordo diante do TJ e OAB. Na última assembleia, o secretário Robert Rios disse que foi autorizado pelo governo a negociar, mas nos apresenta essa proposta que não nos agrada, e com o aval do governador”, afirmou.