Durante a tarde deste domingo, 22 de março de 2015, pelo menos 5 turistas foram atacados por piranhas enquanto tomavam banho nas águas da Barragem do Bezerro na cidade de José de Freitas-PI. Os ataques ocorreram do lado oeste da Barragem.
Os ataques aconteceram a três adultos e duas crianças, todos com ferimentos no pé. Assustados, quase todos os banhistas se retiraram da água e pararam de se divertir no balneário. Uma unidade do SAMU foi acionada e compareceu ao local para prestar os primeiros socorros.
Dois dos banhistas eram da cidade maranhense de Caxias, uma mulher e um homem, Eles vieram em uma excursão e estavam na Barragem do Bezerro desde metade da manhã de hoje (22/03). Uma das vítimas, que não quis se identificar, disse que veio de longe para se divertir e gerar renda no município, mas pensa que esta seja a última vez que faça isto, visto que o baleário, apesar de bonito, não tem estrutura para receber turistas. Ela reclamou que não havia placas de sinalização alertando os banhistas da presença de piranhas nas águas. Ela disse que vai acionar a justiça para processar o município pelos danos causados.
Vale lembrar que esta não é a primeira vez que incidentes como este ocorrem na Barragem do Bezerro em José de Freitas. Em 2011 aconteceram mais de cem ataques do peixe aos banhistas, fato que só foi superado quando entraram em ação o Ibama, o Dnocs e outros órgãos, despejando inicialmente cerca de 100 mil alevinos de tilápias com o intuito de controlar o crescimento da população de piranhas no Balneário Bezerro, e diminuir os ataques destas aos banhistas. A ação ocorreu em setembro do ano de 2011.
As tilápias servem de alimento para esses peixes carnívoros (piranhas), e por outro lado, os ovos das piranhas servem para alimentar a população de tilápias, concorrendo, assim, para um equilíbrio das duas populações.
Até o início de 2012, cerca de 210 mil alevinos foram colocados na barragem. Além das tilápias, foram colocados também tambaqui, curimatã, carpa, caramujo e camarão de água doce, visando o equilíbrio ambiental. Desde aquele ano, a prefeitura de José de Freitas não buscou mais parcerias com os órgãos do meio ambiente para continuar com as ações, ocasionando, desta forma, o retorno do desequilíbrio das duas populações no ambiente.
A pesca artesanal também é uma opção para manter o controle da espécie.
Da Redação