A presidente Dilma Rousseff (PT) reuniu em Brasília na tarde desta quinta-feira (27) governadores de 10 Estados, inclusive o Piauí, para anunciar a ampliação do programa de ajuste fiscal. A União está chancelando R$ 15 bilhões para que as unidades da federação contraiam dívidas. Desse bolo, o Piauí terá direito a R$ 1,4 bilhão para operações de crédito.
O governador Wilson Martins (PSB) participou da solenidade ao lado dos gestores do Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Rondônia e Sergipe. Segundo a presidente, o crédito foi concedido por conta do cumprimento das metas e capacidade de endividamento e pagamento dos estados. “Sem conseguir pagar essa dívida o Governo não tem capacidade de investimento”, disse Martins.
O Piauí usará o crédito como pré-requisito para a operação já em andamento com o Banco Mundial, para obtenção de 550 milhões de dólares. O dinheiro vem do Bird e 50% dele será destinado ao pagamento da dívida intra-limite, hoje com juros de 16 a 17% – os juros do Bird serão de 1,5% a 2%. A outra metade será para investimentos em educação, saúde, meio ambiente, produção, infraestrutura e consolidação dos arranjos produtivos locais.
“Com esse pré-requisito, se cria as condições para que os estados executem operações de crédito. Isso em função da condição fiscal em que os estados se encontram hoje”, acrescentou o governador do Piauí, que ontem já havia se reunido em Brasília com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para tratar de crédito para o Estado.
O estado do Piauí está tentando contrair empréstimos e aumentar ainda mais a sua dívida com a união e com o Banco Mundial. Há bem pouco tempo, antes das eleições de 2008, o Piauí vivia um ótimo momento, segundo o próprio governador Wilson Martins, em “perfeito estado de equilíbrio econômico-financeiro”. Agora, em tão pouco tempo, já está necessitando contrair empréstimos, sob pena de não honrar com os compromissos com os servidores e com os projetos previstos para o desenvolvimento do estado.
Da Redação Fonte: cidadeverde