Foram 4 arrombamentos em apenas 15 dias
REVISTA
Nos últimos dias tem acontecido uma onda de arrombamentos na cidade, tanto a residências como a Órgãos Públicos, o que vem causando temor a população livramentense. E a polícia, sem estrutura para combater o avanço da violência urbana, faz o que pode.
Na mesma noite, do dia 16\07(sábado), a vítima foi o senhor Antônio Alves, 60 anos, que mora na Rua Lino Almendra no Bairro Santa Rosa, que teve sua residência arrombada por bandidos por volta das 19 horas. Os bandidos entraram na casa após arrombarem o congombó da cozinha, no entanto, não concretizaram o roubo, porque vizinhos perceberam o barulho e foram verificar, dando de cara com os elementos correndo com o botijão que foi abandonado para facilitar a fuga.
OPINIÃO
É certo que a violência cresce assustadoramente em todos os rincões do Brasil. No entanto, não podemos nos acomodar e achar que isso é normal. O combate à violência hoje, em boa parte do Brasil, tem sido feita de maneira equivocada. Os governantes investem na contratação de pessoal sem lhes dar aparato técnico e valorização para desenvolver suas ações de combate à criminalidade.
Contudo, essa forma de violência que temos presenciado em José de Freitas é mais uma questão ligada à Saúde Pública e a educação. A saber, que, esses arrombadores, na sua grande maioria, são viciados em drogas, sobretudo no crack, que é uma questão de saúde pública gravíssima. Só prender o viciado em crack não resolve (ao ser solto ele vai voltar a delinquir da mesma forma, é a mesma coisa que a policia estar enxugando gelo), tem que ser preso e conduzido a uma clínica para tratamento, com o auxílio do Estado, da família, do judiciário e da polícia. No entanto, nosso Estado ainda está longe de trabalhar com esse planejamento.
Dessa forma, o primeiro passo para uma sociedade pacificada e menos violenta, seria o investimento em educação de qualidade e bem planejada, acompanhando o aluno através de um quadro de professores valorizados e qualificados, e grupos de assistência social dentro da escola, para acompanhar todos os alunos na escola e no convívio com a família, evitando que sejam tragados pelo submundo da criminalidade e levando-os até a inserção na sociedade através do trabalho. Não resolveria 100%, mas pelo menos minimizaria a violência com a qual a sociedade é obrigada a conviver hoje, e refletiria, primordialmente, na qualidade de vida das pessoas.