Não é a primeira vez que a Lava Jato em Curitiba aponta a suspeita de vários crimes envolvendo a maior empreiteira do País. No dia em que foi deflagrada a Operação Omertá, em 26 de setembro, a PF abriu um novo inquérito para apurar as suspeitas de irregularidades envolvendo a Odebrecht em 38 obras pelo País. A investigação corre sob segredo de Justiça.
Naquela ocasião, o próprio delegado Filipe Pace disse à imprensa que a operação já tinha um rico conjunto de provas e que o depoimento de Marcelo Odebrecht, preso desde 19 de junho de 2015, não era “imprescindível”.
“Não é imprescindível a palavra do sr. Marcelo Odebrecht em vista da robustez das provas”, afirmou o delegado.
Independente das negociações da Procuradoria-Geral da República com o grupo empresarial, que deve implicar centenas de políticos de vários partidos, a força-tarefa em Curitiba segue avançando nas investigações sobre o ‘departamento de propinas’ da Odebrecht, descoberto pela Lava Jato envolvendo estruturada rede que controlava os pagamentos de valores ilícitos no Brasil e no exterior sob a coordenação da cúpula da empreiteira.
Fonte: Estadão