País ainda considera quase 11 mil desaparecidos.
Osaka (Japão), 19 mar (EFE).- O número de mortos em consequência do terremoto e do posterior tsunami do dia 11 no Japão foi atualizado para 7.197 neste sábado, enquanto o de desaparecidos chegou a 10.905, segundo o último boletim da Polícia.
A esperança de encontrar sobreviventes aumentara após a notícia divulgada neste sábado sobre o resgate de um jovem depois de ficar oito dias preso nos escombros de uma casa, mas o otimismo cedeu depois que sua família contou que o homem havia estado em um refúgio nos últimos dias.
Inicialmente, as equipes de emergência do Exército tinham informado do resgate do jovem, de 20 anos, na localidade de Kesennuma, em Miyagi, a província mais afetada pelo terremoto de 9 graus de 11 de março.
O homem, identificado como Katsuharu Moriya, estava no segundo andar de uma casa parcialmente destruída e não era capaz de falar por encontrar-se supostamente em estado de choque, pelo que os militares imaginaram que se encontrava no local desde o dia em que ocorreu o terremoto.
Sua família, no entanto, indicou posteriormente que o jovem estivera em um abrigo até sexta-feira, quando retornou para a casa destruída, informou a agência local “Kyodo”.
Com mais de 18 mil vítimas entre mortos e desaparecidos, o saldo do devastador terremoto e do tsunami que arrasou a costa nordeste do Japão já é o maior de um desastre natural no país no pós-guerra.
A esperança de encontrar mais sobreviventes foi reduzida drasticamente devido ao tempo transcorrido desde o terremoto e ainda pelo fato de que províncias como Iwate, onde há 4.253 desaparecidos, sofrem uma onda de frio e neve.
Os esforços de assistência se concentram agora em abrigar os sobreviventes que perderam suas casas, entre eles os 387 mil evacuados que ainda permanecem nos 2.200 centros de amparo disponibilizados pelas autoridades.
O Governo de Iwate deve instalar 8.800 casas pré-fabricadas para alojar parte dos refugiados, apesar de ter recomendado a alguns sobreviventes que se instalem em outras províncias do Japão devido à falta de casas.
Na cidade de Rikuzentakata, na província de Iwate, 200 casas pré-fabricadas já começaram a ser construídas, algo que se repetirá em várias localidades da região.
O estádio Saitama Super Arena, na cidade de Saitama, ao norte de Tóquio, acolherá temporariamente cerca de cinco mil pessoas, entre elas as que tiveram que abandonar suas casas após a crise na usina nuclear de Fukushima, onde foi fixada uma zona de evacuação de 20 quilômetros.
Fonte: msn.com