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MPF investiga portal e instituto suspeitos de fraudar pesquisas

Matéria publicada em, 29/01/2016

As denúncias de prática de extorsão contra prefeitos e líderes políticos no interior e a possível manipulação nas pesquisas realizadas pelo Instituto BrVox levaram o procurador regional eleitoral no Piauí, Kelston Pinheiro Lages (foto), a determinar investigação e notificar os responsáveis para prestarem esclarecimentos sobre a escolha dos “10 Melhores e 10 Piores Prefeitos” do Piauí.

procurador

Segundo informação passada pela assessoria do Ministério Público Federal (MPF), há indícios de que os prefeitos teriam sido coagidos a pagar pelas pesquisas em que são supostamente bem avaliados e outros, a grande maioria dos 224, teriam desembolsado dinheiro para não aparecer nem positivamente e muito menos em situação ruim, na festa que os organizadores promoveriam.

A partir de denúncia recebida no Ministério Público Federal (MPF) o procurador Kelston Pinheiro Lages notificou o referido Portal e o Instituto de Pesquisa para prestarem informações, no prazo de 10 dias, sobre o levantamento promovido para a escolha dos “10 Melhores e 10 Piores Prefeitos” do Piauí.

A denúncia aponta as seguintes irregularidades: ausência de informação acerca dos critérios a serem adotados no levantamento; ausência de participação da população na pesquisa, como verdadeira destinatária das políticas públicas; formatação da pesquisa em forma de concurso, em tons de competitividade; criação de ambiente propício à prática do crime de extorsão e possível caracterização de propaganda extemporânea e desequilíbrio na disputa das eleições.

Prefeitos teriam recorrido as autoridades para denunciar que estão sendo vítima de chantagem caso não participem das pesquisas.

Velha prática

Alguns gestores lembram que desde que foi criado, o instituto simula resultado de pesquisas de intenção de voto que nunca realizou, mas coloca os gestores, bem ou mal avaliados, na medida em que pagam ou não pagam o que lhes é solicitado. Essas questões todas são objeto de investigação do Ministério Público Federal.

O Ministério Público não revela os nomes das pessoas que foram denunciar as supostas práticas do instituto de pesquisa e do portal de notícias.

Fonte: portalaz


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