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JF: pressionada, câmara reprova projeto de lei do executivo que reajustaria salários dos professores em 7,9%

Matéria publicada em, 17/07/2013

Pressionados por professores, em sessão ordinária na câmara municipal de José de Freitas na noite desta terça-feira (16/07),  os vereadores reprovaram o projeto de lei do executivo que reajustaria os salários da categoria em 7,9% . A categoria pede 16% de reajuste.

vereadores

O projeto tinha o parecer do relator, vereador Dante Freitas (DEM), favorável a sua aprovação e estava na pauta da noite. Porém, sentindo a pressão pelo reajuste aquém do esperado pelos professores, o presidente da casa, vereador Monteiro (PSDC), tentou retirar o projeto da pauta de votação, alegando que seria uma forma de dar tempo ao sindicato representante da categoria e ao executivo para discutirem sobre o projeto. Seguiram a orientação do presidente, os vereadores Zilzimar (PSB) e Roberval Carvalho (PSDC), que também pediram que o projeto não fosse posto em votação, justificando que as partes teriam mais tempo para negociar o reajuste.

“Acho que todos nós não íamos nos posicionar contra os professores. O que chegou a essa casa foi exatamente uma legalização do reajuste que o município tá pagando desde janeiro, mas como não houve nenhum avanço na negociação do sindicato de classe dos professores com o poder executivo, eu acho acertadamente a posição do presidente de retirar o projeto de pauta, para que haja tempo do sindicato sentar com o poder executivo e que possa chegar a um consenso e enviar para essa casa”, explanou o vereador Zilzimar Fernandes.

Já os vereadores José Luiz Pereira (PDT), Castelo (PMDB), Roberval Santos (PMDB), Alfredo Holanda (PHS) e Carlim Sampaio (PSD), insistiram para que o projeto fosse posto em votação, e deixasse que a casa decidisse por sua aprovação ou reprovação. Eles alegaram que, sendo reprovado o projeto, colocaria pressão sobre o executivo que se sentiria na obrigação de dialogar com o sindicato.

Para o vereador Alfredo, que esteve reunido com os professores pela manhã, o projeto não deveria ser aprovado pela câmara, pois, segundo ele, em nenhum momento o poder executivo enviou as planilhas  do reajuste ao sindicato para análise da categoria.

Já o vereador Carlim Sampaio disse acreditar que os professores jamais iriam pedir “clemência” aos vereadores para reprovarem o reajuste se não tivessem certos de seus direitos. Ele acrescentou que se a câmara retirasse o projeto de pauta estaria  “protelando” os direitos da classe de lutar por um reajuste digno.

No final da sessão o projeto foi posto em votação, sendo reprovado pela unanimidade dos vereadores. A expectativa agora é que o reajuste seja negociado com o sindicato, que pede 16%  de aumento.

Por Marquim do Frango


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