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JF: Polêmica envolvendo decisão judicial movimenta católicos da cidade. Padre acalma igreja.

Matéria publicada em, 08/05/2012

Uma decisão judicial expedida pela 3ª Câmara Especializada Cível do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), deu ganho de causa a ação judicial impetrada na justiça há cerca de oito anos pela Fundação Cândida Figueiredo Cunha, através do seu presidente, José Carlos Cunha, contra a Paróquia de Nossa Senhora do Livramento, da Diocese de Campo Maior-PI.

Entenda o caso através da matéria do link a seguir: https://www.revistaopiniao.com/politica/audiencia-publica-definira-o-futuro-do-patrimonio-historico-de-sao-francisco-em-jose-de-freitas.html.

 

Templo católico Igreja de São Francisco e fiéis durante festividade

 

A instituição filantrópica alega que os recursos financeiros arrecadados pela Paróquia, provenientes de seis pontos de aluguéis localizados ao lado da Igreja de São Francisco, no centro da cidade de José de Freitas, não estão sendo investidos em programas sociais que beneficiem pessoas carentes do município. Segundo os representantes, o patrimônio da Fundação Cândida Cunha é formado pelo templo da Igreja de São Francisco, algumas casas que ficam ao lado da igreja e um terreno rural, neste município.

No próximo dia 30 de maio as partes se encontrarão numa audiência marcada para as 11 horas na comarca de José de Freitas, onde deverá ser informado ao bispo da Diocese de Campo Maior, da qual está subordinada a Paróquia de N. S. do Livramento, até então tutora do legado histórico, sobre a reformulação da sentença em 2ª instância, que deu ganho de causa à referida fundação.

De acordo com o presidente da Fundação Cândida Cunha, José Carlos da Costa Cunha, com a posse dos bens, a fundação investirá na restauração física do patrimônio, além de trabalhar para desenvolver um trabalho social há muito esquecido por quem geria todo o patrimônio de São Francisco ao longo dos anos.

PADRE GILCIMAR

O pároco da paróquia de N. S. do Livramento, Gilcimar Lima Machado, esclarece a todos os fiéis de José de Freitas que essa decisão preocupa a igreja, mas jamais dom Eduardo Zielski, bispo de Campo Maior, a qual pertence a paróquia, deixará a assistência pastoral dos fiéis, que em nenhum momento podem ser prejudicados na sua caminhada religiosa. Ela vai continuar firme e forte.

Padre Gilcimar Lima da PNSL em José de Freitas-PI

 

No entanto, diante desta decisão judicial, é gerada uma preocupação por parte da igreja, principalmente no que diz respeito à administração do patrimônio, já que tudo indica que daqui pra frente a paróquia vai deixar de administrá-lo.

Padre Gilcimar diz que no momento resta esperar por esta audiência com o bispo, para que se possam tomar decisões em relação à caminhada administrativa da paróquia. “Enquanto isso não acontece, peço a todos que rezem, para que tudo possa acontecer da melhor forma possível, pois tenho a absoluta certeza, que nem São Francisco, muito menos dona Cândida Figueiredo Cunha (in memoriam), desejariam que seus bens, hoje estivessem gerando este conflito. Esperamos o bom senso”.

MANIFESTO DOS PAROQUIANOS

Muitos paroquianos da cidade, indignados com a decisão tomada, estão se unindo e organizando uma manifestação pela manutenção dos bens à Paróquia de N. S. do Livramento. O manifesto será em frente ao fórum local no dia 30 de maio, data escolhida pelo juiz da comarca de José de Freitas para uma audiência pública de conciliação entre as partes. O apelo está sendo feito nas redes sociais, principalmente no Facebook. Está ainda circulando na rede um abaixo-assinado online contra a decisão. Quem desejar assinar é só clicar nesse link a seguir: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N24427

Veja o texto do abaixo-assinado: “Nós, devotos de São Francisco e admiradores do patrimônio histórico de nossa cidade, viemos através deste, manifestar nosso repúdio à decisão do TJ, pois este levou em conta somente questões técnicas para emitir seu parecer, deixando de lado os sentimentos religiosos e os valores culturais da população de José de Freitas-PI.”

Da Redação


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