Dinamite joga toalha e crava Vasco na B

A divulgação da tabela da Série B e as liminares judiciais derrubadas pela CBF nos últimos dias enterraram as chances de o Vasco se aproveitar de uma virada de mesa para manter-se na Série A do Campeonato Brasileiro em 2014. O presidente Roberto Dinamite confirmou que o clube já não vê mais possibilidade, mesmo em recursos externos, de inverter o cenário e ficará mesmo fora da elite.

Roberto Dinamite
Roberto Dinamite

– Eu tenho um corpo jurídico e tenho que acatar o que eles me passam. O Vasco está dentro de uma competição, que é a Série B. Tentamos, não conseguimos mudar, então vamos cumprir aquilo que está determinado – revelou Dinamite, em evento do “Movimento por um Futebol Melhor”, na noite de segunda-feira, em São Paulo.

A última cartada poderia ser uma ação em massa organizada pelo advogado Luis Roberto Leven Siano, que beneficiaria o Vasco em caso de êxito. Centenas de torcedores que estiveram na Arena Joinville no jogo contra o Atlético-PR, na última rodada da competição, reivindicam seus direitos por danos causados pela briga generalizada que o interrompeu por 73 minutos.

Independentemente disso, a camisa 9 do time está vaga, à espera de um centroavante. No entanto, Dinamite diz que o mercado está complicado e posterga a definição de um nome. Ele lembra que até mesmo a seleção brasileira não tem um atleta da posição certo para a Copa.

– Até o Felipão está com dificuldades de ter dois ou três jogadores para definir. Essa decisão passa muito pelo Adilson e pelo Rodrigo Caetano. Existe essa possibilidade e se isso acontecer isso, se tivermos oportunidade, vamos realmente buscar – comentou, emendando em seguida.

– Não sou técnico, mas é uma decisão trabalhada em conjunto. Se me consultarem e disserem que tem que ter mais um atacante, vamos atrás.

Sobre repatriar Felipe para encerrar a carreira, o presidente descartou de bate-pronto, desmentindo o executivo Rodrigo Caetano, que falou na semana passada que era obrigação do Vasco conversar com o ídolo, de 36 anos, e longe da bola desde o início de dezembro, quando o contrato com o Fluminense acabou. O entrave principal é o salário. O Maestro recebia cerca de R$ 300 mil, e o Cruz-Maltino estabeleceu R$ 150 mil como seu limite.

– Alguém criou uma situação em relação a isso. Foi um dos grandes ídolos do Vasco, mas nesse momento só se o Adilson falar poderíamos analisar. Isso não me foi passado e não tenho como justificar a volta do Felipe. Se quiser fazer um jogo de despedida, o Vasco vai estar aberto a isso.