Mais um caso de golpe em terminais de autoatendimento bancários despertou novo alerta na população de Teresina (PI). O crime registrado neste fim de semana na zona Leste envolve pessoas que tentam ajudar clientes que ficam com o cartão aparentemente preso na máquina. Eles aproveitam a preocupação dos clientes com o problema para obter seus dados.
Em um áudio que se espalhou por aplicativos de telefone celular, uma suposta vítima narrou como foi enganada e perdeu R$ 5 mil que estavam em sua conta. O golpe começa com um aparente problema no caixa eletrônico. “Quando eu coloquei o meu cartão, o cartão entrou todo. Eu fiz a tentativa de tirar, não consegui”, descreve.
A vítima afirma que estava em uma agência bancária da avenida João XXIII e foi ajudada por um jovem de boa aparência, que a orientou a telefonar para a central de atendimento do banco. No entanto, o mesmo jovem se antecipou e fez um telefonema do seu celular para outro local. Do outro lado da linha, uma suposta atendente pediu o telefone da vítima para retornar a ligação e alegou questões de segurança. O mesmo motivo foi usado para fazer com que ela saísse da agência e repassasse seus dados.
Ao retornar a ligação, o estelionatário ocultou seu número de telefone da chamada. “Eu achei que era procedimento do banco”, continua a vítima, que informou todos os dados solicitados por ele, inclusive a senha do cartão.
“Quando eu voltei para o caixa eletrônico eu já não vi mais o rapaz.” Neste momento, a vítima viu uma senhora usando o mesmo terminal de autoatendimento sem problemas. Ao perguntar se não havia nenhum cartão preso no caixa eletrônico e ouvir a resposta negativa, a vítima entendeu o que se passara e bloqueou o cartão, mas o saque de R$ 5 mil já havia sido feito.
O áudio que narra o golpe tem sido espalhado como mensagem de alerta. “Olha que eu sou esperta, gente. Sem falsa modéstia. Mas do jeito que eles fazem é difícil a gente não cair”, completa a vítima.
Pelo menos um caso foi registrado no 12º Distrito Policial, mas o mesmo será encaminhado para o 5º DP, ao qual pertence a área do banco.
O delegado Ademar Canabrava, titular do 12º DP, alerta para que se recuse a ajuda de estranhos nas agências bancárias. “Normalmente são quadrilhas de fora do estado. Criminosos que tem às vezes até três identidades. Investigamos esses casos, mas pedimos às pessoas que evitem auxílio de pessoas desconhecidas.”
Fonte: cidadeverde