Bancários continuam com a greve e Correios podem voltar

Após o sétimo dia de greve, os bancários ainda não tem nenhum avanço entre as partes. De acordo com a Contraf (Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), 7.950 agências ficaram fechadas no país nesta segunda-feira –em torno de 40% do total.

Segundo fontes do setor, a expectativa é que não seja feita uma nova proposta por parte dos bancos até os grevistas cederem de sua reivindicação de aumento de 12,8% sobre o salário, além de aumento de 5% da PL (participação de lucros).

A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) propõe aumento de 0,56%, além de correção da inflação.

A Justiça pode interferir na greve se for acionada por uma das partes, o que ainda não ocorreu.

Por lei, a compensação de cheques e DOCs, considerada serviço essencial, não pode interrompida e deve ter mantidos seus prazos estipulados pelo Banco Central.

O comando nacional de greve reclama do “silêncio” da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Segundo a Contraf (federação dos trabalhadores), a entidade patronal não manifestou, até agora, intenção de retomar as negociações.

CORREIOS

Representantes dos trabalhadores dos Correios têm uma audiência de conciliação hoje (04/10), no Tribunal Superior do Trabalho, para tentar encerrar a greve, que está completando 20 dias. A greve pode ser encerrada ainda nesta terça-feira, caso haja avanço nas negociações durante a audiência.

Segundo a Fentect (federação dos trabalhadores), o principal entrave atual nas negociações é a data em que vai vigorar o aumento real.

Os trabalhadores querem incremento de R$ 200, a ser pago a partir da data base de 1º de agosto, ou incorporação de abono de R$ 800 ao salário total.

Os Correios propõem aumento de R$ 80, a partir de janeiro de 2012, e abono imediato de R$ 500. Outra reivindicação é uma compensação para o corte no salário de setembro dos dias parados.

Fonte: 180graus                       Foto: Cel. Pinheiro