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Acreditem: no Piauí, 50% dos prefeitos não têm como pagar folha e fecharão BRs em protesto

Matéria publicada em, 17/08/2015

O presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM), Arinaldo Leal, afirmou nesta segunda-feira (17) que 50% – 112 municípios dos 224 existentes no Piauí – não têm condições de pagar a folha salarial em dia até o fim de 2015. Para chamar atenção do governo federal, os prefeitos organizam protestos com fechamento de rodovias e BRs para alertar para a crise nos municípios.

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O movimento foi discutido durante reunião dos gestores municipais, na tarde desta segunda-feira (17), na sede da APPM. Os gestores municipais reclamam da falta de recurso, principalmente em decorrência da queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

A reunião contou com a participação de 50 prefeitos e no encontro foram discutidas alternativas para tentar chamar a atenção da população e dos governos estadual e federal sobre a situação crítica das cidades.

De acordo com Arinaldo Leal, os municípios receberam este mês 10% menos recursos do que no mesmo período do ano passado. “Os gastos com o novo piso salarial dos professores aumentaram 13%; gastos com energia 41%; salário mínimo 9%, combustível 15%, além disso o FPM caiu 10% e a inflação representa outros 10%”, declarou o presidente da APPM.

O gestor lembrou que hoje mesmo foi procurado por um prefeito pedindo orientações do que pagar com os poucos recursos que recebem.

“Hoje mesmo um prefeito me procurou perguntando se devia pagar a folha salarial ou a previdência. Isso dá uma noção de como estão os municípios no Piauí. Se não recebermos recursos do governo do estado ou federal, 50% dos municípios não terão como pagar a folha”, afirma Arinaldo.

Confronto

Para chamar a atenção da população e das autoridades, os prefeitos elencaram uma série de medidas que podem ser tomadas nos próximos dias, entre elas estão o fechamento das rodovias com máquinas do PAC, suspensão de festas com uso de dinheiro público e o fechamento das prefeituras com a suspensão dos serviços básicos, além de destinar os recursos das emendas parlamentares para o custeio ao invés de obras.

“Na minha avaliação, as prefeituras devem ficar fechadas por pelo menos três dias”, finalizou.

Da Redação                                             Fonte: cidadeverde


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