Violência na Escola: diretora é ameaçada de morte em José de Freitas

Na tarde desta sexta-feira (18) uma das diretoras da Escola Municipal Engenheiro Vicente Batista, a professora Livramento Bispo, foi ameaçada de morte por um ex-aluno, dentro das dependências da própria instituição, que fica no bairro Deus me Deu, na periferia da Cidade.

Diretora da Escola Municipal Engenheiro Vicente Batista recebe ameaça

 

Por volta das 15h40, horário do intervalo para o recreio dos alunos, o indivíduo conhecido por Patrick, morador do bairro Deus-Me-Deu, em José de Freitas, invadiu a escola e dirigiu-se até o bebedouro. A diretora Livramento Bispo, preocupada com a segurança dos alunos e por conhecer a má fama do acusado, indagou sobre o que ele estaria fazendo dentro da escola, ao que ele respondeu dizendo que iria apenas tomar água. Lili, como é conhecida, pediu-lhe que bebesse sua água e saísse imediatamente da escola, pois ali ele não poderia ficar. Patrick disse que sairia se quisesse, e Lili disse que chamaria a Guarda Municipal. Em seguida, Patrick disse para a professora, na frente de muitos na escola, que “cagoete morre”, em tom de ameaça.

A professora, com medo, decidiu então, chamar a Guarda Municipal, que enviou uma viatura à escola e encontrou Patrick ainda por lá. O jovem não negou a ameaça, porém defendeu-se dizendo que ele não era o único não-aluno nas dependências da escola. Os Guarda Municipais pediram, então, que ele se afastasse da escola e que não repetisse a ameaça, senão seria levado à delegacia. A diretora preferiu não levar o caso à polícia, tentando resolver tudo através do diálogo. Patrick tem 19 anos e, segundo informações de populares, já tem passagem pela polícia.

Direção da Escola teme por sua segurança

A equipe gestora, formada por Regina Lúcia e Livramento Bispo, ameaçam entregar a gestão da escola, que já foi assaltada uma vez este ano e está com os muros no chão há dois meses, o que faz com que qualquer pessoa adentre as dependências da escola, deixando a todos muito inseguros.

Muro da escola caiu em março deste ano e ainda não foi recuperado

 

Grande parte da escola está sem muros desde o dia 20 de março deste ano, quando uma forte ventania atingiu a cidade, deixando muita destruição por onde passou. A direção da escola já solicitou à secretaria de educação providências quanto ao muro, mas até o momento nada foi feito.

Gestores, professores e alunos estão com medo de frequentar a escola, principalmente no período da noite, por conta da insegurança na região.

Da Redação