Tolos?? Talvez, não!!

Eu sou o dono de minha sorte

Primeiro travam uma das mais baixas e mesquinhas disputas, onde quem tem mais($) pode mais. Racham a “sociedade de tolos” e a deixam sem outra opção, cheia de rancores.

Enquanto isso, esbarram-se pelos corredores das mais chics e badaladas festas da capital.

Riem, riem, sorriem e riem de seus súditos, Tolos!

Riem das peripécias e ações que são capazes de fazer para se perpetuarem no poder.

Riem! Das instituições que, mesmo sabendo de tudo, não conseguem lhes alcançar, pois não dispõem de meios e legislação rígida para eliminar esses lobos famintos($) do meio do inocente rebanho de ovelhas tolas.

Tolos! Cidadãos!? Passivos! Amordaçados!

Pela falta de formação, educação, conscientização!!!

Pela sua dependência do Estado (município).

Alicerces do atraso e da corrupção, cada um com suas sórdidas armas. Ardilosas e cruéis!

Um aliena os cidadãos (ditos de bem) que não podem sentir o cheirinho de uma facilidade ou gratificação que já “vendem” sua consciência e abandonam a defesa de seu prestígio para alimentar ao do “rei supremo”.

Hipocrisia! A nossa! Cobrar-lhes ações diferentes!

Afinal, vivemos num mundo capital, num mundo individual. E o vizinho que se “lasque”.

“Não preciso de pavimentação na minha rua, pois ando de carro. Meu vizinho, que não tem gratificação boa e nem carro, que se vire pra meter o pé na lama. Além do mais, ele é de uma espécie animal e eu sou de outra, embora habitemos o mesmo ambiente aquático.”

Surgem assim os “novos ricos”!

Ricos!? Tolos!!! Sustentados com dinheiro de todos nós. Tolos! Enchem o peito pra afirmarem que são cidadãos de bem e morrem dizendo que estão do lado da honestidade e competência.

Santa honestidade! Sublime competência!

(Em troca da bonança)(porém) Fecham os olhos, e meditam, e meditam! E não vêem!? Ou será que vêem? Que estão afundando sua descendência e sua cidade no atraso e na corrupção.

Ah!! Desculpem-me.

Foram formados pra servirem ao seu grande rei. Aquele que mai$ tem. Que mais pode. Que não é cidadão igualzinho a eles (súditos tolos), pois tem sangue azul. Só ele tem poder de exercer a cidadania em sua plenitude. E os súditos, tolos, que o sigam!

O outro!? Sai de baixo…

“No velho sítio da vovó tinha um lugar onde não podíamos andar, pois certamente íamos nos sujar. Era lá que elas dormiam…”

Que comparação! Que bela comparação! A que nível chegamos!?

Certamente, não podemos dizer que é culpa dele. É culpa dos tolos! Que o seguem. Ele está apenas provendo seu meio de vida.

Tolo, que ele não é, se apresenta como a esperança. Como alguém que vai salvar a todos da tirania e do rancor do ditador.

Eureca! Esqueci o meu passado! Que passado? Os tolos não lembram o passado.

Com a lembrança dele não posso me apresentar como novo. Então, eu sou a esperança!?

Sorte que os tolos tem memória curta. Que não gostam de política. “Que a justiça não conseguiu me alcançar, ainda”.

Sorte dele que tem muitos amigos que podem lhe ajudar. Amigos($) sedentos por um canal de recursos fartos e públicos (e ainda pertencente a uma sociedade de tolos). Amigos que não frequentam os ciclos de amizades da terrinha (província). Logo, com eles, pode fazer todo tipo de acordos.

Este está cercado, no baixo clero, por tolos oportunistas, que demorariam a responder qual é o papel da política em uma sociedade. Que vislumbram apenas tomar o lugar dos “novos ricos”, mesmo que só por um tempo.

E assim está rachada a “sociedade de Tolos”:

De um lado tolos alienados e de outro, tolos oportunistas. Ambos capitaneados pelos seus piores espelhos (valores invertidos, quanto pior o cidadão mais poder para ele).

Em comum, esquecem o valor que cada um tem, queimam seu mínimo prestígio e rasgam sua biografia pra alimentarem dois lobos em meio aos cordeiros. E esquecem que todos juntos é que constituem o Estado (município) e formam o poder, e que esse ciclo se renova a cada quatro anos devendo ser encabeçado pelo tolo mais íntegro de sua sociedade, preocupado com todos, sem distinção, sem racha e sem rixa entre os cidadãos.

Enquanto permanecemos tolos, mergulhamos no atraso. A vida passa, e passamos por ela, atônitos, sem nada fazer. E os líderes supremos levam suas vidas nababescas e luxuosas, rindo de seus súditos tolos, enganando-os com o pão. Pão!? E o circo? Deixa que a vida se encarrega de fazer.

E enquanto estamos neutros, atônitos, inertes, nossos filhos crescem, tolos. E renovam o ciclo que sustenta os coronéis modernos, aqueles mesmos que nos privam da liberdade plena, do pleno exercício da cidadania.

Até quando!?? Até o dia em que cada um dos tolos despertar e assumir seu papel de cidadão ativo na sociedade. Até quando perceberem que o verdadeiro cidadão é bem mais capaz do que aqueles que fizeram da arte de gerar o bem-estar social uma arte de gerar o lucro pessoal.

Tem solução para nos libertarmos da tolice?

Sim, a educação (de qualidade).

Que me desculpem os tolos, mas o mais tolo de todos aqui sou eu, que perco tempo escrevendo essa tolice que poucos entenderão ou valorizarão.

Mais do que nunca serei tachado de tolo….

Escrito por: Edgar Saraiva – José de Freitas-PI