Professores ocupam pátio da ALEPI e decidem continuar em greve por tempo indeterminado

Não há previsão para o término da greve dos professores do estado do Piauí, que já dura 42 dias. Centenas de servidores ocuparam o pátio da Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira (10), em assembleia.

O SINTE afirma que só começará a pensar em voltar para a sala de aula quando o governo apresentar uma proposta satisfatória, que abranja todas as categorias.

Na assembleia realizada na manhã de hoje (10) no pátio da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) o sindicato apresentou a situação do movimento, as principais pautas e a negociação com o governo.

A presidente do Sindicato dos trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte), Odeni Silva, expôs para os demais professores três pontos que foram apresentados para o governo em negociação. No entanto, ela afirma que o estado no não está dando a devida atenção para eles.

As principais pautas apresentadas foram: a regência, o retroativo e o percentual de reajuste. Sobre a regência, Odeni conta que o estado quer incluí-la dentro do vencimento de R$1.187 para que atinja o piso de R$1.451. Acerca do retroativo, o Sinte afirma que a proposta apresentada pelo estado só atinge as classes A e B. E sobre o percentual de reajuste, o sindicato diz que a proposta do governo aponta um reajuste de 6% para os professores de nível superior e de 22% para os que da classe A, que são a minoria. O sinte reivindica um reajuste linear de 22% como manda a lei para todas as categorias.

“Os professores devem ser contemplados como um todo, o que não aceitamos é a injustiça por parto do governo”, acrescentou Odeni.

Durante a assembleia o sindicato declarou que o Ministério da Educação já enviou, para o mês de abril, cerca de R$14 milhões para o pagamento dos professores, já com o reajuste de 22%. Por outro lado, o governo nega que este repasse tenha sido feito e reafirmou que o estado não possui condições de pagar um reajuste maior do que os 6% já apresentado pelo governo à categoria.

Segundo Odeni Silva, há 25 mil profissionais de educação no estado, e, desse total, 80% permanecem em greve.

“Queremos que o governo apresente melhores propostas, se não, não recuaremos”, garante Odeni.

Além dos profissionais da capital, participaram do ato professores de outras cidades, como União, Altos, Oeiras, Demerval Lobão, José de Freitas, entre outras cidades.

Da Redação                                                                                 Fonte: acessepiaui