Professores e alunos fazem manifestação na UFPI em favor de Kilpatrick

Um grupo de professores e alunos ameaçou invadir a reitoria da Universidade Federal do Piauí (UFPI) na manhã desta terça-feira (31/05). O reitor Luís Júnior colocou um reforço policial com medo de representantes da ADUFPI (Associação dos Docentes) e do DCE (Diretório dos Estudantes) fazerem um protesto maior.

Prof. Dr. Kilpatrick Campelo
O motivo da manifestação é o caso do professor Kilpatrick Muller Bernardo Campelo, que foi exonerado pela reitoria, segundo ele, de forma arbitrária e autoritária. Ele acusou Luís Júnior de ter tomado uma decisão isolada, levando para o campo pessoal, sem que sua situação tivesse sido avaliada pelo setor em que é lotado, o Departamento de Letras.

 

 

Kilpatrick denunciava o reitor do UFPI já há muito tempo, acusando-o de diversas irregularidades. Professores e alunos, apoiando o professor exonerado, prometeram manifestar-se nesta, terça-feira, dia 31.

Segundo a assessoria da ADUFPI, SINTUFPI e DCE, a Assembleia Universitária acontece ainda por vários motivos, entre eles:

– Utilização de processos administrativos disciplinares para intimidar e chantagear professores e técnico-administrativos. As comissões são escolhidas ao livre arbítrio do reitor, sem atender a qualquer critério e muitas vezes o processo inquisitório corre à inteira revelia dos processados, o que constitui grave afronta aos direitos do cidadão.

– Prevaricação: por proteção indevida, pelo reitor e por alguns de seus subordinados ocupantes de cargo de livre exoneração e nomeação, de autores de condutas irregulares após tomar ciência em caráter formal.

– Abusiva terceirização: a contratação abusiva de terceirizados para cargos de assistentes e auxiliares administrativos, proibida pela Lei 11.091/2005, que criou o PCCTAE.

– Constante afronta ao Regimento Geral e ao Estatuto da UFPI. O que se expressa de diferentes maneiras, como por exemplo, por meio da indicação de diretores pro tempore e da exaustiva e abusiva utilização de avocações.

– Descumprimento constante de Recomendações do Ministério Público Federal, como por exemplo, o MPF recomendou a previsão, nos editais de todos os processos seletivos e concursos públicos realizados pela UFPI, da possibilidade de interposição de recursos administrativos em todas as etapas do certame.

– Jubilamento de estudantes sem observância da ampla defesa e do contraditório: o reitor teria impedido a matrícula de milhares de estudantes, sem ouvi-los.

Fonte: 180graus