Para acomodar PMDB e PP, Wellington reduz espaços do PT no governo

O PMDB, o PP, o PTC e PC do B já tiveram a confirmação do governador Wellington Dias (PT) de que passam a compor com a sua administração a partir de março.

Wellington Dias, no entanto, pediu sigilo a estes partidos dos cargos que serão destinados e que ele mesmo pretende anunciar à imprensa, esperando apenas que as siglas confirmem os nomes a serem indicados.

Mesmo assim, já há uma atuação nos bastidores por parte da classe política. É que essa ‘mini-reforma’, como vem sendo chamada a mudança prestes a ser oficializada pelo governador, implicará, por exemplo, em mudanças na Assembleia Legislativa, com entrada de suplentes.

PMDB

Do PMDB, já está praticamente certo que dois deputados estaduais deixam suas cadeiras na Assembleia Legislativa. São eles: Pablo Santos e José Santana. Segundo se especula, um deve ir para a Secretaria de Transportes (Setrans) e o outro para a Secretaria de Assistência Social (Sasc).

“Nós estamos esperando o que será decidido na conversa entre Themístocles Filho, o presidente do partido Marcelo Castro e o governador Wellington Dias. Ainda não foi dito quais foram as pastas que serão ocupadas pelo PMDB. Não adianta a gente se precipitar e dizer que vamos assumir tal pasta se o governador ainda não chegou a um entendimento nem com as lideranças do partido dele”, disse Pablo.

PP

Ao Partido Progressista, a possibilidade é a de que a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) passe a ter um nome indicado pelo senador Ciro Nogueira, presidente da sigla. Especula-se o nome de Guilhermano Pires, que deixaria a pasta dos Transportes para ceder ao PMDB, seja confirmado. Mas há quem diga que inclusive a vice-governadora Margarete Coelho possa assumir a pasta.

“O governador conversou com o senador Ciro Nogueira na semana passada e tudo está bem encaminhado. Mas nós estamos deixando o governador muito à vontade em relação ao nosso espaço na administração. Mas neste momento estamos esperando por uma posição do próprio governador Wellington Dias”, afirmou Júlio.

PTC

Outro partido que já sabe qual secretaria vai assumir, mas espera apenas que o governador confirme, é o PTC do deputado estadual Evaldo Gomes. A possibilidade é a de que ele indique o nome do médico Marcus Vinícius, que é ex-prefeito de Novo Oriente. Ele assumiria o cargo do Crédito Fundiário.

“Sim, estaremos fazendo parte da equipe do governador Wellington Dias e queremos compor de maneira que contribua tanto política como administrativamente. Não podemos revelar qual é a secretaria, porque quem vai fazer esse anúncio é o próprio governador. Mas já definimos o nome de uma pessoa experiente que é o Marcus Vinícius, nosso aliado”, informou Evaldo.

PC do B

O PC do B está cotado para assumir a Coordenação de Ensino à Distância, ligado a Secretaria de Educação. O nome é do professor Mário Ângelo, ex-presidente da Adufpi (Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí).

SUPLENTES

Com as saídas de Pablo e Santana, quem assume cadeira na Assembleia Legislativa são os suplentes Ismar Marques (PSB) e MauroTapety (PMDB).

O suplente da vez passa a ser a vereadora Cida Santiago (PHS). Se esta for convocada, sua vaga na Câmara dos Vereadores de Teresina será ocupada pelo jovem Stanley Freire (PR), filho do deputado federal Silas Freire (PR).

O QUE ESTÁ FALTANDO?

Chama-se PT o problema do governador. Convencer a cúpula do partido é a questão mais delicada. Wellington Dias teve uma reunião com a senadora Regina Sousa e o deputado federal Assis Carvalho, por exemplo, para explica-los que essa mini-reforma precisa acontecer.

Regina e Assis, entre outros, são os mais resistentes a entrada do PMDB e principalmente do PP porque ainda guardam mágoas de quando a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) sofreu impeachment. Consideram o partido de Ciro “golpista” e não querem abrir mão de uma Sesapi. Cabe ao governador demonstrar habilidade para convencer os petistas. A previsão é de que Wellington anuncie a mini-reforma até o período do Carnaval.

REUNIÃO

Fala-se que em reunião realizada na casa do governador nesta segunda-feira (06), os dirigentes do Partido dos Trabalhadores disseram a Wellington Dias que concordam em ceder a Secretaria de Saúde e outros espaços para PP e PMDB, mas querem que a senadora Regina Sousa seja candidata à reeleição com apoio integral de todo o Governo.

Essa foi a condição imposta pelo partido para aceitar a perda de espaços considerados até bem pouco tempo “inegociáveis” pelo PT.

Fonte: oitomeia / portalesp