Os mistérios e superstições por trás da sexta-feira 13

Hoje, sexta-feira 13, é dia de acontecimentos sobrenaturais, segundo a crença popular. Gato preto, bruxas, azar e espíritos. Muitas são as crendices que permeiam a temida sexta-feira 13. Aliás, além de sexta-feira 13, estamos justamente no ano de 2013. Mais azar? Para alguns sim, para outros não. A superstição significa “vidente” ou “profeta”. E, em todos os lugares do planeta, há pessoas que preferem não arriscar.

sexta-feira 13

Quem nunca ouviu uma história como essa? “Minha filha se acidentou num dia 13″. “Eu não uso roupa do lado avesso, nem deixo relógio parado”. “Prefiro evitar passar por baixo de escadas!”

Por outro lado, há quem não admita as crendices, mas ao mesmo tempo mantenha hábitos que não dão sopa para o azar. “Eu não sou não [supersticioso], mas não gosto de chinelo virado”, dizem alguns.

As crendices populares são passadas de geração em geração e são históricas. Essa mística de sexta-feira 13 vem da Idade Média, onde não havia muitos créditos ao conhecimento científico e o conhecimento era restrito aos monges copistas da Igreja Católica, dizem alguns estudiosos.

Conta-se, que no dia 13 de outubro de 1307, uma sexta-feira, o rei Filipe IV declarou a Ordem dos Cavaleiros Templários ilegal. Antes disso os Templários eram uma das ordens mais respeitada da Igreja, mas Filipe IV os acusou de heresia, e todos foram torturados e executados.

Conhecimento repassado de pais para filhos

Existe uma parábola que conta a história de uma mulher que, ao preparar o peixe para fritura, sempre o cortava ao meio. Todos gostariam de saber o porquê deste hábito e então descobriram que a mãe dela fazia desse jeito porque a mãe também fazia isso, e assim sucessivamente. Ao final, a origem do costume era simples: a bisavó tinha uma panela pequena na qual o peixe não cabia inteiro, então ela o cortava ao meio.

A história ilustra bem o desconhecimento que as pessoas têm em relação aos credos e mitos. Muitas vezes não buscamos a origem das histórias e simplesmente repetimos os hábitos, por isso as crendices se perpetuam.

Antes disso as pessoas eram iletradas e por isso as informações eram passadas uma para outras oralmente. Cada pessoa que contava para outra um mito, deixava a história mais misteriosa. O conhecimento ficava restrito à Igreja e só na Idade Moderna o conhecimento científico começou a ser tão importante quanto o senso comum quando muitos desses mitos e crenças foram questionados.

Porém alguns fatos continuam contribuindo para que a aura da sexta-feira 13 permaneça misteriosa para quem acredita em algum desses mitos. Outros, ao contrário, têm até afeição pelo número. Dizem ser seu número da sorte. Quem não recorda do nosso Mário Lobo Zagallo, multi-campeão de futebol pela seleção brasileira, que tem no 13 seu número da sorte?!

Mas de onde vem a afirmação de que sexta-feira 13 é o dia do azar?

Possivelmente, o mito vem de duas lendas da mitologia nórdica. Na primeira delas, aconteceu no Valhalla – a morada celestial das divindades –, um banquete para 12 convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia apareceu na comemoração sem convite e criou uma briga na qual morreu Balder, o favorito dos deuses.

A partir daí instituiu-se a superstição de que convidar 13 pessoas para jantar era sinal de desgraça e o número passou a ser considerado um símbolo do azar.

Já a segunda lenda tem como personagem principal a deusa nórdica do amor e da beleza Friga, cujo nome deu origem às palavras friadagr e friday, que significam sexta-feira em escandinavo e inglês, respectivamente.

Segundo conta a lenda, quando as tribos nórdicas se converteram ao cristianismo, a personagem foi transformada em uma bruxa e exilada no alto de uma montanha. Com o objetivo de se vingar, Friga passou a se reunir, todas as sextas-feiras, com outras 11 feiticeiras e o próprio demônio, totalizando 13 participantes que rogavam pragas sobre a humanidade.

A partir da Escandinávia, a superstição se espalhou pela Europa, reforçada pelo relato bíblico da Última Ceia, quando estavam presentes 13 pessoas, na véspera da crucificação de Jesus Cristo (que aconteceu em uma sexta-feira). Dizem que o 13º a chegar na Ceia, foi Judas, que traiu Jesus.

Além disso, no Antigo Testamento judaico, a sexta-feira já era considerada um dia problemático desde os primeiros seres humanos. Eva teria oferecido a maçã a Adão em uma sexta-feira, mesmo dia da semana em que teria começado o grande dilúvio.

Para a terapeuta holística Ailla Pacheco “tudo é uma questão de sintonia”. “Cultivadas e difundidas há séculos, essas lendas acabam por alimentar e criar uma ‘onda’ energética e mental em torno dessa data, conectando as pessoas que creem negativamente nisso, com baixas vibrações. A sexta-feira e o 13 separados ou juntos não significam nada efetivamente. Nós somos os únicos responsáveis pelas nossas vidas diariamente. O poder tanto da luz quanto das trevas está em quem acredita que eles têm poder”, comenta.

De qualquer forma, o número serve para alimentar as crendices populares mundo afora.

Da Redação                                                                           Fonte: universia.com.br