Onda de arrombamentos assusta moradores de José de Freitas

Foram 4 arrombamentos em apenas 15 dias

REVISTA

Nos últimos dias tem acontecido uma onda de arrombamentos na cidade, tanto a residências como a Órgãos Públicos, o que vem causando temor a população livramentense. E a polícia, sem estrutura para combater o avanço da violência urbana, faz o que pode.

Menores apreendidos por guardas após arrombarem colégio
No último dia 04 de julho (uma segunda- feira) uma residência, na Av. Governador Lucídio Portela, centro, de propriedade do senhor João Batista Santos Oliveira, de 41 anos, foi arrombada durante a madrugada, na oportunidade os bandidos levaram 2 celulares, R$ 500 em espécie e uma moto Fan KS azul, ano 2001, LWI-5180-José de Freitas-PI.

Residência arrombada por bandidos
Já na noite do sábado, dia 16 de Julho, o arrombamento foi ao Colégio Levy Carvalho, no bairro Matadouro, próximo ao Hospital Nossa senhora do Livramento. Na oportunidade, dois menores, de iniciais, L. A. e M. B. A, ambos de 14 anos, entraram na escola no início da noite, aproveitando-se da ausência do vigia, arrombaram uma janela e foram pegos em flagrante, pela guarda municipal e policiais militares, quando saíam da escola levando um grampeador e um rolo de fita gomada. Levados à delegacia, foram liberados para os pais na presença dos conselheiros tutelares.

Na mesma noite, do dia 16\07(sábado), a vítima foi o senhor Antônio Alves, 60 anos, que mora na Rua Lino Almendra no Bairro Santa Rosa, que teve sua residência arrombada por bandidos por volta das 19 horas. Os bandidos entraram na casa após arrombarem o congombó da cozinha, no entanto, não concretizaram o roubo, porque vizinhos perceberam o barulho e foram verificar, dando de cara com os elementos correndo com o botijão que foi abandonado para facilitar a fuga.

Policiais averiguão botijão abandonado por bandidos em fulga(16\07)
O mais recente arrombamento foi à Secretaria de Saúde, na madrugada desta quarta feira (20), quando os bandidos entraram no prédio, arrombaram a porta do setor de saneamento e levaram uma mesa, onde tinham vários documentos da secretaria, relatórios da FUNASA , uma quantia de R$ 40 e os documentos pessoais do funcionário da FUNASA, Domingos Abreu, responsável por aquele setor. A mesa foi encontrada em um loteamento próximo a secretaria, com alguns documentos e os documentos do senhor Domingos Abreu foi encontrado por populares próximo a escola Pedro Freitas (2º Grau) no Bairro Matadouro.

Porta do setor de saneamento da Sec. de Saúde arrombada por bandidos(20\07)
Da Redação com dados e fotos do Portal Em Dia

OPINIÃO

É certo que a violência cresce assustadoramente em todos os rincões do Brasil. No entanto, não podemos nos acomodar e achar que isso é normal. O combate à violência hoje, em boa parte do Brasil, tem sido feita de maneira equivocada. Os governantes investem na contratação de pessoal sem lhes dar aparato técnico e valorização para desenvolver suas ações de combate à criminalidade.

Contudo, essa forma de violência que temos presenciado em José de Freitas é mais uma questão ligada à Saúde Pública e a educação. A saber, que, esses arrombadores, na sua grande maioria, são viciados em drogas, sobretudo no crack, que é uma questão de saúde pública gravíssima. Só prender o viciado em crack não resolve (ao ser solto ele vai voltar a delinquir da mesma forma, é a mesma coisa que a policia estar enxugando gelo), tem que ser preso e conduzido a uma clínica para tratamento, com o auxílio do Estado, da família, do judiciário e da polícia. No entanto, nosso Estado ainda está longe de trabalhar com esse planejamento.

Dessa forma, o primeiro passo para uma sociedade pacificada e menos violenta, seria o investimento em educação de qualidade e bem planejada, acompanhando o aluno através de um quadro de professores valorizados e qualificados, e grupos de assistência social dentro da escola, para acompanhar todos os alunos na escola e no convívio com a família, evitando que sejam tragados pelo submundo da criminalidade e levando-os até a inserção na sociedade através do trabalho. Não resolveria 100%, mas pelo menos minimizaria a violência com a qual a sociedade é obrigada a conviver hoje, e refletiria, primordialmente, na qualidade de vida das pessoas.