Número de analfabetos aumenta no Piauí, aponta Pnad 2014

O número de pessoas não alfabetizadas aumentou 0,7% em 2014 no Piauí. O resultado faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2014) divulgada nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o crescimento, o Piauí aparece na contramão do país, que registrou queda na quantidade de analfabetos.

analfabetismo

Segundo a pesquisa, a taxa de analfabetismo de pessoas com cinco anos ou mais no Piauí em 2014 está em 20,6%, enquanto o percentual registrado em 2013 era de 19,9%. Os números revelam ainda que a grande maioria dos analfabetos no estado possui idade superior a 30 anos.

A maior quantidade de analfabetos pertence ao sexo masculino, com 54,2%. A pesquisa mostra ainda outro dado preocupante: de todas as pessoas não alfabetizadas no Piauí, 27,3% possuem idade entre 5 e 29 anos, justamente a faixa etária em que deveriam estar na escola.

O percentual deixa o Piauí com a terceira maior taxa de analfabetos entre todos os estados da região Nordeste. Apenas Alagoas e Maranhão apareceram com percentuais maiores, respectivamente.

Os dados verificados especificamente no ano passado ainda estão distantes das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê reduzir para 6,5% a taxa de analfabetismo da população brasileira maior de 15 anos até 2015 e erradicá-la em até dez anos; e no mesmo período, reduzir a taxa de analfabetismo funcional pela metade.

O G1 procurou a secretária de educação do Piauí, Rejane Dias, para comentar os resultados da Pnad 2014, no entanto, ela estava em uma reunião na Gerência Regional de Educação em Fronteiras, a 400 km de Teresina, e não pode falar com a reportagem no momento da ligação.

Cenário nacional

A taxa de analfabetismo entre brasileiros com 15 anos ou mais em 2014 foi estimada em 8,3% (13,2 milhões de pessoas). No ano de 2013, esse indicador havia sido de 8,5% (13,3 milhões). O número de analfabetos é maior do que a população inteira da cidade de São Paulo, cerca de 12 milhões de pessoas, segundo estimativa do IBGE.

Entre os adolescentes e jovens (15 a 19 anos), a taxa de analfabetismo verificada foi de 0,9% em 2014 e 1% em 2013. As disparidades regionais também são outro desafio relevante para os gestores. Com redução de 0,3 ponto percentual, a região Nordeste segue como a que tem a maior taxa, com 16,6%, seguida do Norte (9,5%), Centro-Oeste (6,5%), Sudeste (4,8%) e Sul (4,6%). A taxa era praticamente equivalente entre homens (49,8%) e mulheres (50,2%).

Fonte: G1