Familiares convidam a todos para missa de 7º dia de Antonia Clara de Oliveira

Os familiares de ANTONIA CLARA DE OLIVEIRA, ainda tristes com a sua partida, convidam parentes e amigos para a MISSA DE 7° DIA de seu falecimento que acontecerá às 9h da manhã do dia 05 de outubro de 2015 (segunda-feira), na Capela de Nossa Senhora Aparecida na Comunidade Carimã, zona rural de José de Freitas.

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Antonia Clara faleceu aos 103 anos em José de Freitas-PI

A família avisa ainda que sairá um ônibus da residência onde Antonia Clara residiu por mais de 30 anos, localizada na Avenida João Gaioso, após o Mercado Público Municipal, no horário de 6h da manhã com destino a Comunidade Carimã, para aqueles que quiserem participar da visita ao túmulo, onde aconteceu o sepultamento da matriarca da família Cardoso.

A família agradece antecipadamente a todos que participarem deste ato de fé e solidariedade cristã.

Um pouco da história de Antonia Clara, a Dindinha

Antônia Clara de Oliveira, filha de Antônio Mariano Xavier de Oliveira e de Maria Madalena de Jesus, nasceu no dia 04 de agosto de 1912, na localidade Santiago, hoje Carimã, deste município, quando este ainda era chamado de Livramento. Filha de agricultores, conviveu desde cedo com a vida rural entre irmãos e irmãs. Começou a trabalhar cedo juntamente com seus pais para ajudar na sobrevivência da família.

Naquela época, para as mulheres da família o destino estava traçado: casar cedo e constituir suas próprias famílias. Para ela não foi diferente. Casou-se aos 19 anos, dentre alguns pretendentes decidiu-se por José Cardoso de Oliveira, um jovem de 22 anos. Casaram no ano de 1931.

Foi feliz no seu novo destino: casar, ser mãe e companheira do seu José foi sua sina. Tiveram 14 filhos: Antonio, Nonato, Elias, Teresinha, Francisca, Expedito, Socorro, Ducarmo, Rosa, Francisco e José, porém as agruras da vida no interior, com pouca assistência médica levaram 3 dos seus filhos, ainda pequenos: Antonio, Manoel e Graça. Mas, apesar dos reveses da vida estava cumprindo com alegria o seu destino de esposa trabalhadora e mãe.  No dia 21 de maio de 1984 após 53 anos felizes de vida conjugal com José Cardoso, quisera o destino separá-los.

Sua fibra e coragem para resistir às dificuldades da vida a tornou uma mulher forte e religiosa. Sua participação na vida da comunidade, da igreja local, e nos destinos da religião foi decisiva. Criou raízes.

Com a morte de seu companheiro, resolveu morar na cidade de José de Freitas. Ali recomeçou sua vida ao lado de duas netas que ainda hoje estão ao seu lado. Porém, muitas coisas ainda estavam reservadas para ela, coisas alegres e tristes, como a morte de seu filho Elias e sua filha Teresinha. Outros tempos vieram: o nascimento de outros netos, bisnetos e tetranetos. Assim, para ela, a vida se renovava a cada momento.

Mesmo com todas as asperezas da vida, sua fé e vivacidade de sempre, sua disponibilidade, atenção, lucidez e jovialidade construíram um lindo legado a seus familiares, deixando-a sempre atual, presente e imprescindível na vida de todos os seus.

Falar de Antônia Clara é falar dos velhos e novos tempos, do cotidiano e vida em suas terras Santiago, Carimã e José de Freitas; é falar da sua família, dos seus amigos, das suas alegrias e dores, do acompanhamento dos nascimentos, casamentos, das festas religiosas, da espinha dorsal da família que atravessa gerações; é falar do seu eterno e saudoso companheiro José Cardoso, com quem construiu sua vida. Assim, na árvore da vida de Antônia Clara e José Cardoso, Deus pode agraciá-los com 14 filhos, 94 netos, 186 bisnetos e 55 tetranetos.

Dia triste, este 28 de setembro de 2015, pois aos 103 anos, 1 mês e 24 dias de vida cristã intensa, a luz se apagou nos olhos de nossa Dindinha. A tristeza abateu a todos, mas a certeza de que poucos viveram para contemplar uma roda tão completa de anos, de vida vivida incansavelmente em todas as suas facetas, nos deixa a todos, familiares, completamente agradecidos ao Nosso Deus Criador por nos ter permitido fazer parte de sua descendência.

Sua alegria, sabedoria de vida, fé e resistência transformam-na em exemplo de vida e faz a todos gritarem em coro: Obrigado por tudo, Dindinha!”

(Adaptação ao texto original de sua neta Josiana Nascimento)

Da Redação