Crise na Líbia faz petróleo fechar no nível mais alto em dois anos e meio

O contrato de petróleo com vencimento em abril fechou esta sexta-feira (4) em Nova York com ganho semanal de cerca de 7%, no nível mais alto dos últimos dois anos e meio. Persistem as preocupações de que as turbulências na Líbia possam prejudicar a oferta global da commodity.

Depois de subir US$ 2,51 somente nesta sexta-feira, o contrato do WTI para abril fechou a US$ 104,42, o maior nível desde 26 de setembro de 2008. O vencimento de maio subiu US$ 2,52, para US$ 105,61.

Em Londres, o petróleo tipo Brent fechou em US$ 115,97, com alta de US$ 1,18 para abril. O ativo para maio subiu US$ 1,06, para US$ 115,89.

As preocupações de que as reservas sejam afetadas cresceram nesta sexta-feira com as notícias de que aviões das forças armadas líbias dirigiram a artilharia para instalações de petróleo na cidade de Brega, centro importante de refino da commodity. Também na cidade litorânea de Raslanuf, pelo menos quatro pessoas teriam morrido em confrontos perto de uma reserva de petróleo.

Desde o começo da revolta popular na Líbia, em 15 de fevereiro, os preços do petróleo subiram em torno de 23%. De acordo com a Agência Internacional de Energia, cerca de 1 milhão de barris por dia foram retirados do mercado devido à crise. Resta o temor de que a violência se espalhe por outros países do Oriente Médio e do norte da África.

Adicionou à alta dos preços do petróleo o fato de o Departamento de Trabalho dos EUA ter informado que o desemprego em fevereiro ficou abaixo de 9% pela primeira vez em quase dois anos. Os sinais de melhoria na economia do país, maior consumidor mundial de petróleo, causou expectativa de aumento de demanda, pressionando ainda mais os preços.

Fonte: G1