Candidata presa admite que estava com gabarito do concurso do Tribunal de Justiça do Piauí

O delegado Kleidson Ferreira, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), revelou que uma das candidatas presas admitiu que recebeu o gabarito da prova do concurso do Tribunal de Justiça do Piauí. Cinco pessoas foram presas, entre elas um adolescente de 17 anos que estava com identidade de outra pessoa. Eles foram soltos após pagamento de fianças na Central de Flagrantes de Teresina-PI.

Delegado Kleidson Ferreira, do Grupo de  Repressão ao Crime OrganizadoJPG
Delegado Kleidson Ferreira, do Grupo de Repressão ao Crime OrganizadoJPG

Kleidson Ferreira que auxilia no inquérito, comandado pela delegada Rejane Piauilino, afirmou que em um dos celulares constava o gabarito da prova. “Ao serem presos, uns se reservaram o direito de ficarem calados, mas uma pessoa admitiu que recebeu o gabarito da prova”, afirmou. Entre os suspeitos está uma enfermeira identificada por Evelyn Oliveira.

Os candidatos estavam em salas separadas e foram denunciados pelos fiscais que desconfiaram do comportamento estranho dos candidatos. “Em um celular foi encontrado o gabarito de uma prova. Ainda estamos investigando para saber se esse resultado é mesmo do concurso. Eles foram presos porque estavam usando aparelho celular, o que leva a eliminação do certamente e por ser crime”, declarou. Ainda é cedo para saber se a fraude foi generalizada e se o concurso deverá ser anulado. “Temos 30 dias para concluir o inquérito e dar a resposta ao Tribunal de Justiça se há ou não a necessidade de anulação”. A polícia também investiga o áudio da oferta de R$ 40 mil e esclareceu que é viral a informação de que 30 pessoas estariam envolvidas na fraude. Segundo o delegado, até agora apenas as cinco pessoas presas são suspeitas.

Presidente presta depoimento

O juiz José Airton Medeiros, presidente da Comissão Organizadora do Concurso do TJ-PI, esteve nesta terça (22 de dezembro de 2015), no Greco para prestar depoimento sobre a prisão dos candidatos. Segundo ele, foi esclarecido como funcionou o contrato do TJ com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e também sobre a ocorrência da tentativa de fraude.

Fonte: Cidade Verde