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José de Freitas: Buraqueira em ruas da cidade causa transtorno no trânsito e prejudica o turismo

Matéria publicada em, 16/04/2011

 

Buraqueira total

Se o amigo leitor recebe em sua casa um visitante de outra cidade aqui em José de Freitas, qual seria o primeiro lugar que você o levaria?

… À lanchonete do seu Lima?

…  Aos quiosques da praça central?

Ou … à Barragem do Bezerro?

Bem, se você tem mais de 25 anos, certamente conheceu a famosa lanchonete do seu Lima e provou dos seus apetitosos pasteis e bombas, feitos pela dona Socorro Lima. Com certeza, também, vez ou outra, deu uma diária de trabalho durante o dia para ir lanchar à noite na mais famosa lanchonete da cidade, a do seu Lima. Pena que ela já não faça mais parte do nosso cotidiano!

A famosa lanchonete do seu Lima foi substituída pelos “modernos” quiosques da praça central. Estes até que dispõem de uma boa estrutura, e o acesso a eles até que está razoavelmente bom. É só não levarmos em consideração a fedentina dos banheiros e o “eficiente” serviço de atendimento.

Mas, vamos ao que interessa…

Certamente a maior referência de José de Freitas em relação ao turismo é, sem dúvida, a Barragem do Bezerro, e muito possivelmente sua visita iria querer conhecê-la e apreciar um pouco daquele agradável ambiente, muito embora, nós que a conhecemos, saibamos que a sua estrutura e atendimento poderiam ser amplamente melhorados. No entanto, antes de se deslocar àquele ponto turístico, é melhor alertar sua visita sobre a situação política pela qual nosso município tem passado nos últimos anos, de instabilidade e descaso com a coisa pública, do contrário, você irá passar vergonha, tamanha a buraqueira e péssimas condições da via que dá acesso àquele local.

Vamos às proposições:

Vá a pé…

… e corra o risco de torcer o tornozelo, quebrar o pé ou levar um tombo ao topar ou cair em um buraco. Ainda corre o risco de levar um banho de lama ou até de ser acidentado pelos veículos que fazem verdadeiros malabarismos para desviarem dos buracos.

Vá de bicicleta…

… e fique sabendo que, certamente, vai quebrar os raios e empenar a calota de sua magrela. Quem vai achar bom são os amigos vendedores de peças para bikes.

Vamos lá de moto…

… os riscos são os mesmos de quem vai de bicicleta. Apenas lembre-se que não pode triscar em bebida alcoólica, pois diminuirá seus reflexos e aumentará os riscos de acidentes.

Mas, se o amigo vai de carro…

…muito cuidado com os pedestres, ciclistas e motoqueiros, pois naquela via só se anda em ziguezague. E, principalmente, prepare seu “hipercard” para dividir em 10 suaves prestações os serviços de suspensão, alinhamento e balanceamento lá na São Francisco Pneus da N. S. de Fátima.

Agora, vamos para as contas:

A pés, você precisará de uma kenner ou havaiana nova, que custa em média R$ 25,00.  Ou, para os mais abastados, um novo tênis Nike de cerca de R$ 300,00. Isso porque, certamente, você danificará seu calçado naquele trecho.

De bike, uma roda completa com aro, raios, pneu e engrenagens não sai por menos de R$ 40,00. Tudo isso, multiplicado por dois.

De moto, os nossos amigos Cassiano da RC Motos e Biliska, vão agradecer muito, pois você não gastará menos de R$ 300,00 na recuperação das rodas de sua motinha.

Agora, se for de carro, prepare em média R$ 500,00 para a suspensão dianteira e traseira, e mais R$ 75,00 para alinhamento e balanceamento.

E some-se a tudo isso a conta salgada da barragem, que gira em torno de R$ 50,00 por pessoa.

Resumindo: prepare seu bolso e o seu convidado para encarar esse programa turístico, ou será um “programa de índio”?

Pois, bem. O amigo leitor sabe que o asfalto dessa via de acesso à barragem, para quem vai pelo centro, foi feito no início da década de 1990, mais precisamente no final do ano de 1992. E sabe, também, que a vida útil de um asfalto na zona urbana não é mais do que cinco anos.

E então, por que será que os administradores que por esta cidade passaram não fizeram um plano de desenvolvimento em infra-estrutura que envolvesse toda a cidade, e principalmente, não se programaram para que aquela via não chegasse às condições que hoje se encontra, visto que, é por ali que passa o maior número de visitantes (turistas) de nossa cidade? Qual é a imagem que essa gente leva daqui?

Por aqui, recentemente, passou um gestor que “administrou” por quase seis anos. Por que, então, não se programou para recuperar e revitalizar aquela via? Não me digam que é por que os aduladores eram muitos e tinham que ser “alimentados”?

E o atual gestor, que está há quase sete meses no poder, por que ainda não tomou providências daquela vergonha? Esse, também, ainda não disse a que veio?

E, então, foi a picareta ou a picaretagem que deixou as ruas Gentil Freitas (que começa na praça central) e Jacob Sampaio Almendra (denominação da continuação da primeira), que dão acesso à Barragem do Bezerro, nesta situação?

DA REDAÇÃO            FOTOS: Marquim Pinto

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